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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Claudinho e Buchecha e o sucesso do funk sem malícia dos anos 90


Por Ana Paula Barbosa


Se hoje o estilo do "funk" é trazer letras sobre ostentação, vaidade e sexo, o ritmo lá nos anos noventa seria hoje considerado o que chamamos de “brega” no cenário musical. Com sons que falavam de amor, gratidão e igualdade, nos anos 90 funks como “Rap da Felicidade” de Cidão e Doca famoso pelo refrão “Eu só quero é ser feliz...” ganhavam cada vez mais espaço nacional e davam voz junto com o rap a garotos das periferias.  A exemplo disso está a dupla carioca Claudinho e Buchecha.

Em 95, os amigos de infância Claudio Rodrigues de Mattos (Claudinho), e Claucirlei Jovêncio de Sousa (Buchecha) ganharam pela segunda vez um concurso de rap no bairro de São Gonçalo no Rio de Janeiro, três anos antes a dupla havia se lançado no festival com o "Rap da Bandeira Branca” mas só em 95 com o "Rap do Salgueiro" que a dupla virou febre no Rio conseguindo gravar já em 96 seu primeiro disco intitulado com o nome deles produzido pela Universal Music. O álbum contou com 13 faixas, dentre elas “Tempos Modernos” de Lulu Santos, as demais foram todas de autoria da dupla, a mais suscetível “Conquista” virou hit rendendo sucesso nas rádios e visitas dos cariocas aos programas de TV.

Em 97 a dupla lançou “A Forma”, álbum com 14 faixas também da Universal, foi aqui que Claudinho e Buchecha trouxeram “Quero Te Encontrar”, uma das mais famosas músicas da dupla. A pegada romântica ainda se mantinha e os garotos aproveitavam o carisma para inovar com coreografias e brincadeiras no palco. Foi neste ano que ganharam a estatueta de artista revelação na premiação Video Music Brasil da MTV.

A música “Só Love”, fez parte do álbum de 98 que leva o mesmo título, aqui os garotos trouxeram também a música “Xereta”, mais ritmada e coreografada que as love songs, que produziam de costume. O álbum “Só Love” teve mais de 500 mil cópias vendidas.

Em 99 Claudinho e Buchecha lançaram seu primeiro álbum ao vivo, novamente intitulado com o nome da dupla. O disco trouxe a regravação dos grandes sucessos deles.  Já em 200 a dupla lançou “Destino” e depois “Vamos Dançar”, álbum de 2002, ano em que a caminho da turnê de divulgação do disco Claudinho sofreu um acidente de carro e faleceu com quase dez anos de sucesso de Claudinho e Buchecha, a mais famosa dupla de funk dos anos 90.


Relembre o primeiro grande sucesso do Claudinho e Buchecha


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

FRIENDS! Vinte anos de amizade!

Por Carol Lopes

A sitcon americana que estreou em 22 de setembro de 1994 pela NBC sem grandes pretensões completa 20 anos de sucesso. Criada por David Crane e Marta Kauffman a série durou 10 anos, contendo 10 temporadas e 236 episódios.


A ideia de retratar a história de vida de 6 amigos como personagens comuns, que vivem os conflitos comuns de seus vinte e poucos anos conquistou os telespectadores do mundo inteiro durante todas as temporadas, alcançando 52,5 milhões de espectadores em seu último capítulo, em 6 de maio de 2004. Rendeu também 40 indicações ao Emmy.

Os 6 amigos que viviam em Manhatan na cidade de Nova York e se reuniam no café Central Perk nos fizeram dar muitas risadas e também nos emocionaram por muitas vezes.
Jenifer Aniston interpreta Rachel Green, uma ex-rica mimada que inicia a série á procura de emprego e no decorrer da mesma mantém uma relação instável com Ross Geller, interpretado por David Schwimmer, que é apaixonado por Rachel desde de o colegial, já se divorciou três vezes durante o seriado e é irmão de Mônica Geller, que é interpretada por Courteney Cox, a maníaca por limpeza e de um espírito super competitivo, que depois de anos de amizade com Chandler Bing começa a namorá-lo, e se casa com ele sétima temporada. Chandler (Matthew Perry), o sarcástico da turma que durante anos exerce uma profissão que odeia, é o cara da piada certa na hora errada. E antes de morar com Mônica, dividia o apartamento com Joey Tribbiani (Matt LeBlanc), um ator que dá em cima de toda mulher que aparece com sua famosa frase “how you doing?” e por fim temos a  Lisa Kudrow que dá vida a excêntrica, vegetariana e metida a cantora Phoebe Buffay, filha de uma mãe suicida, irmã de uma gêmea que odeia, e que aceita ser barriga de aluguel do seu irmão.


Friends é reprisada atualmente na Warner, onde está ganhando vários especiais em comemoração ao seu aniversário. Você também consegue todos os episódios no Youtube ou em box separados por temporadas vendidos em livrarias. 


sábado, 27 de setembro de 2014

Os tempos mudaram! E os carros ainda mais

Por André Marques




Em setembro de 1994, a Volkswagen lançava no Brasil o Gol GLi 1.8. Na época, considerado um dos carros mais modernos do planeta, e que garantia o seucesso de vendas por aqui. Essa era a segunda geração de um dos veículos mais populares de todos os tempos da indústria automotiva brasileira. Leia a reportagem publicada na época pela Revista 4 Rodas, e perceba quanta coisa mudou daquela época para hoje.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Planet Hemp, queimando até a última ponta desde 93

Por Ana Paula Barbosa


De “Usuário” (1995) até “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça” (2000), dois de três dos álbuns de Planet Hemp, muita coisa rolou na história da banda de Marcelo D2.

A banda surgiu a partir de um encontro entre D2 e o artesão Skunk no bairro do Catete no Rio de Janeiro em 93. A ideia era criar um grupo de Rock, mas a falta de habilidade instrumental dos dois membros os fez migrar para o rap, algo que mais tarde se transformou com a chegada de Rafael Crespo, Bacalhau e Formiga, que trouxeram guitarra, bateria e baixo ao grupo, possibilitando a junção de uma mistura de ritmos denominada por eles como "Raprocknrollpsicodeliahardcoreragga". Mais tarde se uniram à banda Maurinho Branco nos Teclados, DJ Zé Gonzales, dominando o Scratches, Black Alien e BNegão no vocal.

Usuário foi o primeiro disco da banda, consagrado pelos
 hits Legalize Ja e Mantenha o Respeito
O “hemp” do nome vem da palavra cânhamo, derivativa de maconha em inglês e foi extraído da revista gringa High Times, especializada na “cannabicultura”. A história do cultivo da maconha associado ao nome do grupo rendeu algumas dores de cabeça por “apologia ao consumo da droga”. Mas o rótulo não inibiu o sucesso da banda, ao contrário, a pegada irreverente e contracultura do grupo tornou a Planet Hemp um sucesso de vendagem nos anos 90. Em “Usuário”, a banda carioca trouxe sons como "Porcos Fardados", numa crítica a violência policial, "Mantenha o Respeito", “Legalize já” - som que teve o videoclipe censurado na época - e "Skunk" totalmente instrumental, numa homenagem ao criador da banda que faleceu vítima de AIDS em 94, um ano após o surgimento do grupo.

Em 97, a banda lançou “Os Cães Ladram mas a Caravana Não Pára”, produzido por Mario Caldato Jr. reverenciado por trabalhos com bandas como Beastie Boys, sucesso do hip hop americano.  O álbum que trouxe "Queimando Tudo", "100% Hardcore" e "Nega do Cabelo Duro" vendeu mais de 500 mil cópias e trouxe além dos ritimos já empregados na banda influências da bossa-nova, jazz e samba.

Durante a turnê do álbum, num concerto em Brasília a banda foi presa sob acusação de apologia às drogas, mas com um “habbeas corpus” logo a prisão foi revogada e no lugar da discriminação a banda conseguiu com o incidente apoio político de ONGs pró uso de drogas leves, de ativistas e ainda mais fãs. Foi nessa época que BNegão saiu da banda, mas ainda com participações em algumas músicas do álbum, fase em que chegaram Black Alien no lugar de BNegão, Zé Gonzales e Apollo.

Em 97 com o sucesso de “Os Cães Ladram mas a Caravana Não Pára”, a banda concorreu com duas indicações ao VMB, consagrada premiação da época da MTV Brasil. Um ano depois, Marcelo D2 deu um tempo com o Planet para gravar “Eu Tiro é Onda” nos Estados Unidos, tendo voltado à banda em 2000 com o álbum "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça" que fechou o ciclo do grupo tendo como formação a volta de BNegão ao vocal, Marcelo D2, Zé Gonzales nas picapes, Apollo nos teclados, Rafael Crespo na guitarra e Pedrinho na bateria.

Em 2011, a banda foi convidada a produzir o álbum “MTV ao Vivo: Planet Hemp”, título que foi lançado em CD e DVD pela emissora. A época, a banda se separou, tendo feito um show em 2003 num festival em Portugal e retornado recentemente em 2013 com uma nova turnê aberta no Circo Voador – Rio de Janeiro que rememora os sucessos de carreira do grupo.


Lembre agora do polêmico Legalize Já, clipe de estreia da banda e que rendeu na época uma espécie de selo de garantia da MTV Brasil, apesar da autorização de sua veiculação apenas no horário noturno, após às 22h.


Rádio "Noventa por Hora"

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

20 anos de um clássico

Por André Marques

Muitos entendem que o cinema contemporâneo se divide em duas épocas: Antes e depois de Pulp Fiction. O aclamado filme de Quentin Tarantino completa neste mês 20 anos de seu lançamento, e o Noventa por Hora relembra esta obra-prima.

Pulp Fiction foi dirigido de uma maneira estilizada, e narra três histórias diferentes, mas que são linkadas através das histórias de dois assassinos profissionais, o gângster que os chefia e sua esposa, um pugilista e um casal de assaltantes. Tudo isso vivdo na Los Angeles da década de 90. A grande sacada do filme é o foco em diálogos que exaltam alguns métodos de vida muito ortodoxos, além do deboche hilariante de seus personagens. O filme traz também uma das marcas registradas de Tarantino: Tudo é apresentado fora de uma ordem cronológica, o que não signifca um filme confuso e sem sentido. Muito pelo contrário!

O título tem como referência às revistas Pulp, famosas nos EUA entre os anos 50 e 60, que têm como norte principal a violência, além de serem conhecidas por diálogos sofisticados e muito abrangentes, além da ironia.

O ator John Travolta, protagonista de Pulp Fiction, praticamente ressurge das cinzas nesse filme, graças a indicação de Tarantino. A partir desse momento volta a ser solicitado em várias obras, o que o ajudou a derrubar o estigma de dançarino dos Tempos da Brilhantina dos anos 70. Aliás, Travolta contracena com a genial Uma Thurman em um dos momentos mais lembrados do filme, em que os dois dançam de maneira contagiante ao som de "You Never Can Tell" de Chuck Berry. Além de Travolta, o filme marcou a carreira da própria Uma e do astro Samuel L. Jackson.

Para muitos críticos de cinema, Pulp Fiction é um dos maiores injustiçados da história do Oscar. Foram sete indicações na premiação de 95, e uma só estatueta, na categoria de Melhor Roteiro Original. Fora o Oscar, venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1994.

Sucesso absoluto de público e crítica, Pulp Fiction rapidamente se tornou um dos filmes mais influentes de sua época. O respeitado crítico de cinema norte-americano Gene Siskel (falecido em 1999) definiu a obra com as seguintes palavras: "a intensidade violenta de Pulp Fiction traz à mente outros filmes violentos divisores de águas que foram considerados clássicos em seu tempo, e ainda são. "Psicose", de Alfred Hitchcock (1960), "Bonnie e Clyde", de Arthur Penn (1967) e "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick (1971). Cada um abalou uma já entediada indústria do cinema e usou um mundo de enérgicos marginais para refletir o quão monótonos os outros filmes haviam se tornado. E isso, eu creio, será a maior honra para Pulp Fiction. Como todos os grandes filmes, ele critica outros filmes."


Relembre cenas marcantes dessa obra-prima, entre elas a cena de dança supra-citada.






terça-feira, 23 de setembro de 2014

O gordo, o magro e o refrigerante de laranja

Por Ana Paula Barbosa


Se você assistiu Kenan e Kel provavelmente nunca viu alguém que ame mais refrigerante de laranja como o magro da dupla.

Transmitida a partir de 96 pela Nickelodeon, a série de comédia americana gira em torno da amizade de dois garotos atrapalhados que sempre se metem em confusão. Kel, o mais esperto, ou menos atrapalhado da dupla,  sempre se envolve em alguma enrascada por bobagens protagonizadas pelo seu melhor amigo Kenan, o obcecado por refrigerante de laranja que arrancava gargalhadas com seus tombos e frases das mais bizarras possíveis.


Kenan trabalha na mercearia de Chris, um tiozão solteiro que mora com a mãe e tem um irmão gêmeo ricaço.  Kel sempre aponta por lá pra descolar um refresco de laranja ou em qualquer lugar que o amigo esteja pra metê-lo em confusão. As ideias mais absurdas sempre partem de Kenan, mas como o amigo nunca consegue fazer nada direito, tudo dá errado no final que é sempre marcado pelo amigo magro gritando: "Kenaaaaan"! Que ao fim de cada episódio sempre deixa Kel sozinho no palco.

A situation comedy ou sitcon é caracteriza por ser gravada num palco de teatro e geralmente trazer situações cotidianas passadas em ambientes como casa, trabalho, colégio, etc. No caso de Kenan e Kel, os personagens trazem inclusive os primeiros nomes dos atores. Não se sabe se os garotos são tão atrapalhados na vida real ou se Kel é tão apaixonado por refrigerante de laranja assim. Mas os 23 minutos de cada episódio da série renderam 4 temporadas e 65 episódios até 2000.

Aqui no Brasil, a comédia foi transmitida pela Globo a partir do ano em que findaram suas gravações na gringa.


Abaixo o vídeo de abertura da série com a música “Aw Here It Goes” do rapper Coolio.



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os dois melhores discos dos anos 90?

Por André Marques

Claro que toda unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues. E neste caso, ela nem se faz presente. Mas é certo que "Blood Sugar Sex Magik" dos Red Hot Chilli Peppers, lançado em 1991 e "Mellon Collie And The Infinite Sadness" do Smashing Pumpkins, de 95, são duas das mais fantásticas obras dos Anos 90, e mais do que isso, da história do rock. O Noventa por Hora vai trazer agora uma contextualização do que representou esses lançamentos na época.

O momento mais genial dos Chili Peppers

Nos anos 80, a banda californiana surgiu para o cenário de maneira tímida, porém importante. A fusão de estilos que variavam entre o rock, o funk (o orignal, esqueçam o ritmo é conhecido como funk hoje no Brasil) e o hip hop. Toda essa miscelânia musical, aliada ao carisma dos integrantes, transformaram a banda nos queridinhos dos críticos norte-americanos. Mas havia ainda um certo desconhecimento popular com relação ao trabalho dos Peppers em âmbito mundial. No álbum de 1989, chamado "Mother's Milk", houve um despertar do público, sobretudo devido à regravação de "Higher Ground", de Stevie Wonder. Mas ainda não era suficiente.

O reconhecimento tardio surgiu com o lendário "Blood Sugar Sex Magik", um trabalho épico, que deu à banda o status (merecido) de uma das maiores bandas do planeta. O lançamento de "Give It Away" espantou (no bom sentido da palavra) público e crítica nos quatro cantos do planeta. Era o segundo disco com a participação de John Frusciante na guitarra, e sua participação nesta gravação é marcante. Todo o sucesso deste álbum se deve muito ao produtor Rick Rubin, que isolou a banda em uma mansão  que pertenceu a Rudolph Valentino, em Laurel Canyon. Durante oito semanas, Rick usou uma estratégia diferenciada para a gravação: os músicos tocaram frente a frente, no mesmo quarto, usando a menor tecnologia possível, para garantir uma sonoridade crua. No clipe de "Suck My Kiss", foram usadas imagens da gravação do disco.

O grande sucesso de "Blood Sugar Sex Magik" foi sem dúvida a balada "Under The Bridge", que permaneceu por 12 semanas consecutivas no topo da parada da MTV norte-americana. Esta música foi sucesso não só nos Estados Unidos, como no mundo. Ela foi escrita pelo vocalista Anthony Kiedis, que fala de sua relação com as drogas. A música conta com a participação de Gail Frusciante, uma cantora gospel que havia abandonado a sua carreira para se tornar dona de casa. Este álbum representa o momento mais genial da carreira dos Chilli Peppers. Relembre agora o clássico "Give It Away", talvez o clipe mais marcante da carreira da banda.



Poucos sabem que este é um dos maiores discos da história do rock. Fantástico. Genial. Soberbo. E ainda faltam adjetivos para definir a obra-prima lançada pelo Smashing Pumpkins em 1995. 


A banda liderada pelo gênio Billie Corgan já havia deixado sua marca com os dois bons álbuns de estreia: Gish, de 1991 e Siamese Dream, de 1993. Após o enorme sucesso da balada "Disarm", o mundo se preparou para o lançamento de "Mellon Collie And The Infinite Sadness", o álbm duplo do Smashing Pumpkins. A pré-audições dos principais críticos de revistas especializadas em música aqueceram ainda mais as expectativas, e o lançamento confirmou o que se esperava. O mundo estava diante de um momento épico.

A abertura dos trabalhos coube à poderosa "Bullet With Butterfly Wings", que já mostrava um Smashing Pumpkins mais inovador e desafiador. O próprio Corgan admitiu que todo o sucesso feito pelo grunge nos anos anteriores, sobretudo com o Nirvana, fez com que ele se sentisse pressionado, por ele mesmo, a produzir um álbum grandioso e único. Algo que nasceu com a proposta de entrar para a história. Dito e feito!

Os grandes hits desse álbum foram as melódicas "1979" e "Tonight Tonight", que se transformou em um vídeo clipe impactante dirigido pela dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris, e rendeu a banda seis prêmios no Video Music Awards, de 1996. Fora isso, no mesmo ano a banda concorreu a sete prêmios Grammy. Sem a menor sombra de dúvida, os Smashing Pumpkins foram a banda mais comentada daquele ano, e certamente a mais aplaudida.

Guardadas as devidas proporções, algumas das canções gravadas nesse álbum lembram boa parte do repertório do Queen, pelo flerte com orquestras, utilização de violinos, sempre aliados ao peso de guitarras distorcidas. Essa junção foi certamente o ponto principal do estrondoso sucesso do álbum, até porquê tudo isso foi feito de maneira brilhante, sem parecer apelativo ou exagerado. É como se fosse uma receita para um jantar de gala, em que cada ingrediente é adicionado após um minucioso estudo e muito cuidado.

Infelizmente, "Mellon Collie And The Infinite Sadness" não ocupa hoje o lugar que merece. Em todas as eleições de grandes discos da história do rock, esse álbum nunca aparece. Um grande equívoco. Afinal de contas, ele não fica atrás de grandes obras de bandas mais cultuadas. O próprio destino da banda, após esse disco favoreceu esse parcial esquecimento. Dominado pela vaidade, Billie Corgan se deixou levar pelo sucesso e nunca mais foi o mesmo. Consequentemente, sua banda nunca mais foi a mesma. Agora, vamos lembrar dos tempos áureos, relembrando o premiado clipe de "Tonight Tonight".





sábado, 20 de setembro de 2014

O programa que deu voz ao jovem nos Anos 90

Por Carol Lopes

Os programas de auditório que já existem na televisão brasileira desde 1955, sempre fizeram sucesso, e na década de 90 eles atingiram o auge da popularidade com conteúdo voltado ao público jovem. Um dos programas de maior sucesso nesse formato foi o Programa Livre, que estreou em agosto de 1991.  Exibido pelo SBT, apresentado por Serginho Groisman e com direção de Josias Braga, ficou no ar até dezembro de 2001.

O formato do programa com uma platéia jovem quase sempre composta por estudantes que podiam fazer perguntas aos artistas convidados, com shows e entrevistas rolando no palco, além de quadros humorísticos e algumas gincanas, fez tanto sucesso que até hoje o apresentador Serginho Groisman mantém a ideia com o Altas Horas, na Rede Globo.

Em 1999, Serginho Groisman saiu do SBT e o Programa Livre continuou sendo apresentado cada dia da semana por um apresentador diferente, eram eles: Ney Gonçalves Dias, Márcia Goldschimidt, Lu barsotti, Cristina Rocha e Otávio Mesquita. Em Janeiro de 2000, quem passou a comandar o programa foi a Baby Xavier (ex-VJ da MTV) e ela ficou até dezembro de 2001, quando o programa finalmente saiu do ar devido à baixa audiência.

Em 2012 cogitou-se a possibilidade do Programa voltar, o que nunca aconteceu. Portanto resta ficar na memória o Programa Livre que nós conhecemos, junto com tantas atrações boas que passaram por lá.

Relembre um momento marcante do Programa Livre que foi ao ar em 1994 com a Legião Urbana.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vamos comer um churrasquinho e dar uns beijinhos?

Relembre Will Smith e sua trupe em Um Maluco no Pedaço

Por Ana Paula Barbosa
A família Banks – da esquerda para a direita: Vivian Banks (tia Vivian), Will Smith (ao centro), 
Geoffrey (o mordomo fiel), Carlton Banks (o primo trapalhão de Will), Hillary (a prima mais velha de Will), 
Philip Banks (o lendário tio Phil) e ao lado, sua filha mais nova Ashley.

Digamos que receber um convite como o de Jazz para um encontro talvez não seja algo tão convencional assim, mas que a cantada acima arrancou bons risos quando dita pelo melhor amigo de Will Smith em “Um Maluco no Pedaço” não dá pra negar.

Produzida e exibida pela emissora americana National Broadcasting Company em meados de 1990, e transmitida pelo SBT no Brasil, a série “The Fresh Prince of Bel-air”, em tradução literal – “O Príncipe de Bel-Air” - ficou mundialmente famosa por revelar Will Smith como protagonista. Na trama, o rapaz pobre do subúrbio da Filadélfia é convidado a morar com o tio cheio da grana em Bel-Air, um dos bairros mais nobres de Los Angeles na Califórnia.

Mas a vida de Philip Banks, ou tio Phil para os chegados, passa a ser uma loucura com a chegada do sobrinho. Cheio de simpatia e estilo na companhia de Jazz seu fiel amigo, o garoto Willian passa a aprontar todas na pacata Bel-Air, transformando a cidade e a vida dos Banks numa divertidíssima aventura.

E você acompanha Will Smith em Um Maluco no Pedaço? Então conta pro Noventa qual era seu personagem favorito. Abaixo algumas fotos da série e o antes e depois da trupe. E na sequência o clipe de "Summertime", sucesso de 1990 quando Will Smith se lançou como rapper juntamente com seu já amigo antes da série Jeffrey Townes, o Jazz.


Will Smith
Hillary, a prima vaidosa de Will era interpretada por Karyn Parsons
A atriz Tatyana Ali interpretava Ashley Banks na série
O Ator Joseph Marcell, interpretava o mordomo Geoffrey

Primeira versão da Tia Vivian na série, era interpretada pela atriz Janet Hubert-Whitten
  
A atriz Daphne Reid, interpretou a Tia Vivian na segunda fase da série
O último filho do tio Phil, Nick Banks, era interpretado pelo ator Ross Elliot Bagley
  
Amigo fiel de Will no seriado, o ator Jeffrey Townes é também DJ e produtor musical 


   DJ Jazzy Jeff & The Fresh Prince - Summertime

Rádio "Noventa por Hora"

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

The Little Rascals, o aniversário de 20 anos da chegada de "Os Batutinhas" às telonas

Por Ana Paula Barbosa

Em agosto, a turma de Alfalfa comemorou seu aniversário de vinte anos de estreia nos cinemas


Inspirado na série americana dos anos 20 “Our Gang”, que contava as aventuras vividas por crianças pobres nos bairros estadunidenses, o filme “The Little Rascals” ou “Os Batutinhas”, de 1994, traz a mesma proposta da série passada ainda nos anos de filme mudo que ficou famosa por ter um elenco diversificado, miscigenado, composto também por crianças negras, algo que era pouco visto nos cinemas naquela época.

A história de "Os Batutinhas" gira em torno de um clube de garotos de bairro, o "The Blur", comandado por Spanky e sua trupe que detestam garotas. O grupo decide então participar de uma corrida de kart, na qual Alfalfa será o piloto, mas o garoto não aparece no dia da seleção e logo o grupo descobre que ele estava na companhia de sua amiga Darla no momento da escolha. Imediatamente, a banca dos “The Blur” faz de tudo pra afastar Darla do caminho de Alfalfa, inclusive promovendo um incêndio no local onde o grupo se reúne. A sequência das aventuras seguem com o roubo do kart dos “The Blur”. A busca por fazer outro veículo e conseguir ganhar o prêmio da corrida pensando na reconstrução do local de encontro da turma e a reconciliação de Darla e Alfalfa, com direito à visita do pequeno de cabelo espetado ao ensaio de balé de garota, uma carta de amor não entregue e uma serenata.

Mas no final das contas tudo se resolve, um novo kart é construído pela turma que ganha a corrida e se vinga dos malvados Butch e Woim que tomaram o veículo anterior. Na linha de chagada Alfalfa e Spanky recebem seu prêmio e conhecem A.J. Ferguson, piloto favorito da dupla. A surpresa é que A.J. Ferguson é na verdade uma mulher, o que deixa os garotos boquiabertos e faz o grupo abrir o coração e aceitar a amizade de Alfafa e Darla, que acabam se reconciliando e a garota é convidada para fazer parte da trupe.


Este ano em comemoração ao aniversário da comédia, a produtora 22 Visions publicou uma foto em que reproduz a capa do filme com os atores vinte anos após a estreia. O Noventa separou essa arte aqui no blog pra você! Dá uma olhada...


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tá na mêss, pessoaaaaal!

Por Ana Paula Babosa


Em 1993, as manhãs da criançada que assistia a TV Globo tomou um rumo diferente que o de costume. Em substituição ao programa “Xou da Xuxa”, Luiz Ferré, Roberto Dornelles e Boninho decidiram colocar no ar um programa de entretenimento apresentado por personagens caracterizados como cachorros. A peça principal da brincadeira era a produtora Priscila, uma sheepdog delicada e toda cheia de charme que sonhava com a fama e vivia correndo para todos os lados pra tentar organizar a bagunça.

Além de Priscila, a TV Colosso também contava com Borges, o operador buldogue responsável por apertar o botão para a entrada dos desenhos da programação, Jaca Paladium com o quadro “Acredite se Puder”, em uma referência bem animada ao “Acredite se Quiser” ou “Ripley's Believe It Or Not!", programa americano apresentado por Jack Palance popularizado no Brasil nos anos 80 e Thunderdog, cão que imitava os trejeitos do apresentador Thunderbird com o quadro Clip-Cão. Havia ainda os Shar Pei Provolone e Parmesão, dois cães brincalhões que contavam piada e também apresentavam os desenhos animados, o faz-tudo Gilmar, o diretor da emissora JF e seu assistente Capachão. Em 95 entraram para trupe os sonoplastas Janjão e Binho.

A maioria dos quadros da TV Colosso eram paródias de programas populares da época como o "Olimpíadas de Cachorro" em referência ao “Esporte Espetacular”, "Você Escolhe" numa brincadeira com o “Você Decide”, o "Jornal Colossal" uma imitação do “Jornal Nacional”, além da brincadeira com novelas mexicanas na versão canina com títulos como “Pedigree” e “Os Filhos da Cadela” além do popular seriado “As Aventuras do Super-Cão”.
Em 96, a cachorrada recebeu mais um integrante responsável pela apresentação do talk show da “emissora”, o Zé Carioca, o papagaio da Disney teve como entrevistados personalidades como o atleta Robson Caetano, a apresentadora Angélica, a dupla Sandy & Júnior e o humorista Renato Aragão. Além de receber convidados, Zé também apresentava blocos de desenhos e respondia cartas de fãs.

Quem acompanhava a TV Colosso não só se divertia com as trapalhadas dos simpáticos cães como quando eles eram perturbados por pulgas intrusas, mas também podiam assistir alguns dos mais bombados desenhos animados da época como Power Rangers, Os Simpsons, As Aventuras de Mickey e Donald, He-Man, She-ra, As Tartarugas Ninjas, Thundercats e Três É Demais.

O Programa acabava por volta do meio dia, horário em que o cão responsável pela cozinha gritava em sotaque francês o seu famoso: “Atentión, pessoall, tá na horrra de matarr a fomê! Tá na mêss, pessoaaaaal”. Nessa hora não dava nem tempo do dog fechar a boca, a cachorrada saia as pressas, derrubando tudo que via pela frente em busca do rango.

O sucesso do programa rendeu dois álbuns musicais: “TV Colosso” e “TV Colosso 2”, o primeiro contendo a música de abertura do programa "Eu Não Largo o Osso" cantada pelas Paquitas. A marca ainda ganhou produtos licenciados como “TV Colosso em Quadrinhos” e o jogo eletrônico “As Aventuras da TV Colosso”.

Reveja alguns trechos da TV Colosso com a delicada produtora Priscila, a abertura do programa e “As aventuras do Super-Cão”.





segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Programa H, reduto de sexy symbols dos anos 90

Por Ana Paula Barbosa


Em 1997, a TV Bandeirantes levou Luciano Huck às telinhas para apresentar o H, programa de auditório voltado aos jovens e que misturava música, brincadeiras e quadros sensuais, protagonizados por Tiazinha, personagem de Suzana Alvez que se vestia com lingerie preta, salto alto, máscara e portava um chicote remetendo ao sadomasoquismo. A ideia era convidar garotos do palco a participar dos castigos da poderosa que os massacrava com depilação com cera quente enquanto os deixava babando com performances sensuais.

Mas Tiazinha não estava sozinha. Joana Prado,  à época assistente de palco, se tornou mais tarde com a saída de Suzana a principal atração sensual feminina do programa. Surgia a Feiticeira, sexy symbol que dizia basear-se na personagem da série americana "Jeannie é um Gênio", por conta dos seus trajes semelhantes aos usados pela atriz no seriado.

Tiazinha e Feiticeira foram grandes símbolos sexuais do período. O espaço no H lhes rendeu bons ganhos financeiros, e isso propiciou a ambas lugar no topo da lista das playboys mais vendidas da década. 

Depois do H, Tiazinha ainda ganhou um programa na emissora, e assim como a Feiticeira participou da Casa dos Artistas, Reality Show transmitido pelo SBT no começo de 2000. 

Hoje Suzana é atriz e professora de academia e tenta se desvincular sem sucesso do rótulo de Tiazinha que lhe consolidou nos anos 90. Já Joana Prado é dona do lar e esposa do lutador de MMA Vítor Belfort, status que oculta sua identidade do passado. Ou não!


Relembre alguns momentos das meninas do H nos anos 90.





sábado, 13 de setembro de 2014

Gafes de Carla Peres foram marcas do programa Fantasia do SBT

Por Ana Paula Barbosa

Inspirado no programa italiano “50 Mulheres”, em 1997 surgiu na grade da emissora de Silvio Santos o que prometia ser um sucesso de audiência no período. Um programa apresentado por famosas da época chamado “Fantasia”. 

Na primeira fase do programa, o Fantasia contava com a apresentação da socialite e piloto de caminhões Débora Rodrigues e Adriana Colin, modelo e jornalista. Além delas, também estavam no comando a jornalista Valéria Balbi e Jackeline Petkovic que mais tarde apresentaria o programa infantil Bom Dia & Cia em substituição à Eliana.

Com brincadeiras com participação do público por telefone o “na boca do forno” “jogo das cartas”, “palavras cruzadas, “para a bola” e “qual é a palavra” eram alguns dos famosos quadros em que as diversas garotas, assistentes de palco cantavam e dançavam enquanto a brincadeira rolava e as apresentadoras protagonizavam alguns micos memoráveis como o da dançarina Carla Peres ao perguntar para as assistentes se no nome escondido do jogo “qual é a palavra” tinha a letra i de “iscola” ou e de “esqueiro”.

Micos à parte, o Fantasia mostrou bom desempenho de audiência, tanto que mesmo com idas e vindas, o programa se manteve até março de 2008 no ar, tendo seu auge justamente à época em que Carla Peres o apresentava na segunda fase do programa em que a dançarina recebia diversos convidados da música como grupos de samba e axé music.


Relembre o mico de Carla Peres e mais alguns trechos do Fantasia, um dos mais famosos programa de entretenimento do SBT.










sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Skank, a banda mineira que conquistou pelas beiradas um sucesso estrondoso nos anos 90

Por Ana Paula Barbosa

Conterrâneos de Milton Nascimento e Sepultura, a banda Skank, de Belo Horizonte, calçou seus pés no cenário musical em 1991, quando surgiu encabeçada por Samuel Rosa (guitarra e voz) e seus companheiros Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria). A ideia era trazer o clima do dancehall jamaicano às terras tupiniquins, proposta que é viva até hoje.

Mas a pegada jamaicana enraizada em ritmos como reggae e ska não eram os únicos elementos do som dos mineiros. O Skank propunha uma mistura de ritmos que envolvia desde o pop rock ao folk rock, passando pelo rock alternativo e indie. Seu primeiro álbum de produção independente que carregou como título o nome da banda foi lançado em outubro de 92.
Primeiro disco da banda, lançado em 1992.

O disco teve tiragem única de três mil cópias e trouxe músicas como “Tanto (I Want You)” e "Cadê o Pênalti?”. Destaque também para as faixas "indignação" e "O Homem Que Sabia Demais".  Um ano depois já com contrato com a Sony Music a banda remixou o disco vendendo 250 mil cópias.

Disco de 1994 famoso por trazer músicas como
"Pacato Cidadão" e "Jackie Tequila"
Em 94, a banda lançou o disco Calango, nome dado a uma dança típica do norte de Minas. Segundo o site da banda este é “o álbum em que o Skank mais se mostrou influenciado pelo dancehall jamaicano”. É em Calango que a música “É Proibido Fumar”, de Roberto e Erasmo foi regravada com uma nova roupagem, tendo se tornado um dos mais populares sons da época. Além da música do Rei, o álbum também contou com as consagradas “Jackie Tequila”, “Esmola”, “Te ver” e “Pacato Cidadão”.
O projeto gráfico do disco desenvolvido por Jarbas Agnelli, traz à capa do vinil a fantasia de um personagem criado pelo artista lson Lorca em comemoração à Copa do Mundo daquele ano. Quem veste a peça no disco é o  baixista da banda Lelo Zaneti. 

Dois anos mais tarde, os mineiros lançaram o álbum responsável pela maior vendagem de discos da banda: um milhão e oitocentas mil cópias. Este foi o “O Samba Poconé” que trouxe “É uma Partida de Futebol” como uma das faixas e foi o primeiro disco da banda a ser lançado no exterior.
"O Samba Poconé", 1996, teve 1.800.000 cópias vendidas


Fechando o ciclo de 90, Skank lançou Siderado, álbum mixado nos estúdios de Abbey Road, Londres, por onde passaram os Beatles. Siderado vendeu 750 mil cópias e foi lançado em 98 com participação de artistas como Nando Reis e Chico Amaral tendo como principais sons “Resposta” e “Saideira”.


Confira agora "É Proibido Fumar", que segundo o diretor do Noventa por Hora André Marques, trata-se de uma das melhores covers da história da música brasileira. "Esse é um dos poucos exemplos em que a cover ficou melhor que a original", diz André.