quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Carta ao Chavo del Ocho

Por Ana Paula Barbosa

Há alguns dias perdemos o nosso pequeno Shakespeare do humor, o amado Chesperito, que deu vida em 70 ao Chavo del otcho, personagem que conquistou milhares de pessoas, inclusive aqui em terras tupiniquins, país em que várias gerações se tornaram apaixonadas pelo querido Chavinho.
Eu nasci em 90, e na época me lembro muito bem o quanto o Chaves era presente na vida das pessoas, e não obstante, foi muito presente na minha. Lembro dos dias em que chegava da escola e com minha inseparável chupeta me juntava com meu melhor amigo pra assistir a série. As risadas eram garantidas e são até hoje, numa época em que pelo watsapp falo com meu amigo Chavinho sobre o episódio do menino do oito que está sendo transmitido. A verdade é que a série condiz muito com a nossa realidade, de meninos de vila que se divertem com pouco e são felizes na sua plenitude. Toda periferia também tem um garoto que têm algo que você gostaria de ter; a nossa época eram patins, patinete, bicicleta; como o triciclo do Quico, ou a tão sonhada bola quadrada de que ele falava tanto e que causava bastante inveja.
A gente também ficava na rua até tarde contando histórias de terror, como o Chaves e sua turma na vila, e também tinha um amigo fiel como a Chiquinha era pro Chavinho.

Ah Chesperito! Como você atingiu massas, trouxe ensinamentos e envolveu corações com a simplicidade do garoto órfão e suas divertidas histórias. A você a eterna gratidão dos brasileiros que acharam em sua comunidade ou encontraram em si mesmos um Chaves, Chiquinha, Quico, Nhônho, Dona Florinda, Professor Girafales, Dona Clotilde, Popes, ou um caricato Seu Madruga, o querido Dom Ramon que ao encontra-lo lá em cima provavelmente vai lhe dar um abraço bem forte e estará lhe esperando pra dizer: “Tinha que ser o Chaves!”. 

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