Por André Marques
A grande marca da música nos anos 90 é certamente a difusão.
Vários estilos se reuniram naquela época para transformar uma musicalidade rica
em culturas e estilos. A partir de hoje, todo sábado, o Noventa por Hora trará
exemplos de bandas e artistas que conseguiram criar estilos próprios e formar
tendências. Pra começo de conversa, falaremos do gênio Chico Science e sua
Nação Zumbi.
Genialidade e criatividade
Foi assim que o pernambucano Chico Science causou enorme
impacto na música brasileiro com seu disco de estreia, lançado em 1994. Com
base no maracatu, típico ritmo nordestino, Science adicionou vida à sua música
com a inclusão das guitarras distorcidas e da falta de compromisso com a música
comercial. O resultado foi uma porrada, no melhor sentido da palavra. Uma
música pesada, mas ao mesmo tempo melódica.
Com isso, estava sendo formado um novo estilo chamado Manguebit, que trouxe à tona outras
bandas da época como o Mundo Livre S/A e o Mestre Ambrósio. A cena ganhou
tamanha força a ponto de mostrar ao resto do país a qualidade do rock
nordestino, e com isso, muitas bandas ganharam destaque.
Infelizmente, o gênio se foi muito cedo. Em fevereiro de
1997, Chico Science faleceu em um acidente de carro, e a música perdeu uma das
cabeças mais brilhantes das últimas décadas. Mas o registro da genialidade está
intacto com os álbuns “Da Lama Ao Caos”,
de 1994 e “Afrociberdelia”, de 1996.
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