Deliciosos micos que a gente pagava nos anos 90 sem medo de ser feliz
Por Ana Barbosa
Passando embaixo da cordinha, cantando marrom bombom até ficar rouco ou
soltando a franga com “Baila, baila comigo” de Dominó. Não tem jeito, quem
viveu os anos 90 pagou mico sim senhor, e foi muito feliz. E ao axé pode-se dar
grande parte da culpa de tudo isso, numa época em que grupos como É o Tchan,
Companhia do Pagode e Terra Samba estouravam, era difícil quem não ralasse na
boquinha da garrafa ou segurasse o carrinho de mão.
Até a maxixe, hortaliça de origem africana caiu no gosto dos brasileiros
que se rendiam ao tal do sanduíche.
E você se lembra de algum micão que pagou com os amigos no período?
Então compartilha com o Noventa aqui nos comentários, dá uma olhada nos vídeos
que separamos e se quiser fique a vontade pra dar aquela chacoalhada no
esqueleto.
Tipo de banda pop masculina composta por garotos boa pinta com cara de
bons moços e jeitinho fofo, as boys bands foram clássicos memoráveis da década
de 90. Antes disso grupos icônicos como Jackson Five (anos 60) e Menudos (anos
80) também estouraram à sua época, mas o caricato perfil das bandas de mocinhos
fofos e apaixonados só fora consolidado com grupos como New Kids on the Block
bem no comecinho de 90 além dos queridinhos Backstreet Boys, Five e 'N Sync. Take That, que teve Robbie Williams em sua formação, também marcou a época
ao som de Back For Good (1995).
Os Backstreet Boys foram os grandes lideres de popularidade
entre as boy bands dos anos 90
Composta por Brian Littrell, Nick Carter, AJ McLean, Howie Dorough e
Kevin Richardson, os Backstreet Boys têm a marca de mais de 130 milhões de
álbuns vendidos ao longo da carreira. Considerada a boy band mais suscetível comercialmente na história segundo Guinness Book, por onde esteve, a banda
carregou olhares apaixonados das milhares de fãs que se derretiam ao ouvir
clássicos como “I Want It That Way” e “As Long As You Love Me” ou enlouqueciam
com os garotos na coreografia de “Everbody”.
Hoje a Backstreet Boys ainda existe, tendo o seu oitavo álbum o “In a
World Like This” lançado em julho do ano passado, ano em que recebeu a sua
estrela na calçada da fama. A banda tem previsto em sua agenda um cruzeiro de
24 à 27 de outubro deste ano em Miami.
Diferente dos BSB, não foram todas as boy bands que conseguiram se
manter pós 90 mas há ex-integrantes que se deram muito bem como Robbie Williams
(ex- Take That) e Justin Timberlake, o garotinho magrelo e com roupas estranhas
de 'N Sync que hoje além de empresário bem sucedido domina o mundo pop cantando
e produzindo artistas.
O Noventa preparou uma seleção de vídeos com os melhores sons das
queridas Boys Bands da época. Divirta-se!
A mídia
sempre se apressa em criar rótulos na música para facilitar o entendimento de
uma cena, ou até mesmo favorecer as vendas de discos. E isso nos anos 90 foi
uma constante. O grunge, a redescoberta do punk rock capitaneada por bandas
como Green Day, Offspring e Rancid, e até mesmo o Britsh Rock, denominação para
um movimento que reunia as bandas inglesas da época. Na verdade, nenhum desses
tais movimentos foram relevantes do ponto de vista musical, pois as bandas
dentro desses nichos eram bem distintas. No grunge, por exemplo, Nirvana, Pearl
Jam e Alice In Chains, não tinham nenhuma relação entre elas musicalmente.
Então para
os críticos de música, foi um prato cheio ver uma grande quantidade de bandas
formadas por garotas nos anos 90. E de todos os movimentos musicais da década,
o mais coerente foi o Girl Power. Grandes bandas formadas por garotas
charmosas, simpáticas e com muita atitude. Podem não ter representado um grande
sucesso de vendagens, mas foram sim importantes para a firmação das mulheres na
música.
Se contarmos as bandas 100% femininas, vamos lembrar de Luscious Jackson, Babies In Toyland, Veruca Salt, L7, fora as bandas de sucesso lideradas por mulheres como Cranberries, No Doubt, Breeders. E sem falar das cantoras que arrebentaram na década como Alanis Morissete, Sheryl Crow, Jewel, entre outras.
O L7 foi uma das bandas femininas mais repercutidas dos anos 90.
O álbum Bricks Are Heavy, de 1992, foi o auge da banda e considerado o marco para o rock feminino na época.
A canadense Alanis Morissete lancou em 1995 o disco mais vendido dos anos 90 em todo mundo.
Jagged Little Pill chegou a incrivel marca de 15 milhoes de copias
A verdade é que o movimento femininista do rock internacional nos anos 90 deixou um legado importante para as décadas seguintes, não só para o rock, como também para a música pop em geral. Em décadas anteriores aos anos 90, devemos citar nomes como Karen Carpenter (Carpenters), Debbie Harry (Blondie) e Madonna como algumas das desbravadoras de um universo que um dia foi totalmente masculino.
A linda Debbie Harry e considerada ate hoje como uma das mulheres mais importantes da historia do rock.
Nos anos 70 e 80 ela liderou o Blondie.
Confira
abaixo o vídeo do Elastica, uma banda inglesa formada por mulheres, com exceção
do baterista, e que estourou em 1995 com o hit Connection.
Agosto de
1990. O cenário da música andava um tanto quanto cansativo. Boas bandas de
rock, é verdade, como Guns N' Roses e Bon Jovi, Madonna perpetuando sua importância na música pop e Prince
desafiando o reinado de Michael Jackson eram as grandes atrações internacionais
da época. Outras coisas interessantes como Tears for Fears e Sinead O' Connor
também merecem destaque. Fora isso, havia uma grande mesmice entre os pseudo
astros que chegavam ao Brasil, e o público em geral engolia aberrações de todo
o tipo como o fake Milli Vanilli e o fanfarrão Vanilla Ice.
Formaçao do Living Colour que gravou Time's Up:
da esq. para a direita, Vernon Reid , Muzz Skillings,
Corey Glover e William Calhoun
Naquele mês dos longínquos 1990, o Living Colour lançou o seu segundo álbum, Time's Up. A
banda já havia feito algum barulho com seu trabalho de estreia, o bom Vivid, de
1998, que teve ótima repercussão através dos sucessos The Glamour Boys e Cult
Of Personality. Mas em Time's Up, a banda chegou ao seu auge criativo, além de
ter dado um novo gás para a cena do rock. Nesse disco, o funk metal se juntava
ao reggae, ao blues e outras influências de respeito. E o público aderiu sem
mais delongas.
Aqui no
Brasil, o lançamento de Time's Up coincidiu com a estreia da MTV, ocorrida em
outubro daquele ano. Portanto, Type, o primeiro clipe do disco, foi
efusivamente veiculado na emissora e o impacto foi instantâneo. A começar pelo
visual da banda, que aderia a um figurino mega colorido, e o som pesado com
melodias marcantes e letras críticas com o cenário político-social da época.
Mais do que
isso, através de Time's Up o Living Colour conseguiu ajudar a quebrar alguns
estereótipos, como aquele que sempre definiu que rock não era coisa para
negros, por mais que Jimi Hendrix tivesse desmentido essa lenda nos anos 60.
A verdade é
que Time's Up é um dos álbuns mais influentes dos anos 90 pela qualidade em si
do disco, como também pelo contexto em que ele esteve inserido. Mais do que
líder de vendagens, esse trabalho representou de forma autêntica a mais
verdadeira intensidade como o rock se apresentou ao público mundial nos anos seguintes.
Confira aqui "Time's Up" na íntegra e a conclusão que se chega é que trata-se de um disco atual, independente da época.
Durante o
mês de agosto, o Noventa por Hora lembra de grandes álbuns lançados há exatos
20 anos. A verdade é que 1994 foi, talvez, o ano de maior repercussão no mercado
fonográfico, sobretudo no cenário do rock nacional e internacional. Numa época
em que o mundo da música ainda se refazia da perda de Kurt Cobain, não houve
prolongamento do luto. E a cena foi invadida por brilhantes gravações nos
quatro cantos do planeta.
O clássico Da Lama Ao Caos de Chisco Science & Nacao Zumbi
é um dos momentos mais geniais da historia da musica brasileira
Por aqui,
os dois grandes expoentes da cultura pop nos anos 90 lançaram seus álbuns de estreia
em 1994. Raimundos e Chico Science & Nação Zumbi causavam impacto
estrondoso com a musicalidade isenta de segmentação e repleta de criatividade.
A diva Marisa Monte lançava o que para muitos foi o seu álbum mais importante,
o Skank surgia com sua receita pronta para o sucesso, Cássia Eller dava seus
primeiros passos de maturidade, e o Rappa mostrava sua faceta crítica e
politizada em seu disco de estreia.
Dookie do Green Day deu uma especie de sobrevida a cena punk rock
Lá fora, os
lançamentos foram também impactantes. O Green Day lançava o melhor disco de
punk rock da era pós-punk, os Beastie Boys lançavam o melhor disco de hip hop
da década de 90, o Soundgarden deixava o cenário alternativo para se tornar uma
banda mainstream e o Weezer despontou com destaque para o cenário musical. Isso
sem falar no disco de estreia dos controversos ingleses do Oasis, e no disco
alternativo mais vendido de todos os tempos lançado pelo Offspring.
Um ano tão
especial merece sim uma homenagem especial. Abaixo, uma lista de álbuns lançados em 1994.
Raimundos -
"Raimundos"
Chico
Science e Nação Zumbi - "Da Lama Ao Caos"
Skank -
"Calango"
Marisa Monte
- "Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão”
Aqui você
ficará por dentro do universo dos anos 90, uma década marcante no que diz respeito
à diversidade cultural. A música nacional e internacional foi o grande
termômetro das fusões culturais que marcaram a época.
A
sociedade, no geral, também passou por mudanças comportamentais significativas,
como por exemplo, a ascensão da mulher, provocada pela consolidação do
feminismo em todo o mundo.
Na
política, o mundo deu os seus primeiros passos pós Guerra-Fria, e no Brasil, a
democracia pintada nos quatro cantos do país após os terríveis Anos de Chumbo.
O blog “Programa
Noventa por Hora” surge como uma continuidade do programa de rádio, que está no
ar há mais de um ano e como parte integrante de novos projetos que vão se
agregar a uma marca que se propõem a ser a maior referência dos anos 90 no
país.
Conheça nossa equipe:
Graduado em Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) e locutor formado pela Rádio Oficina, André Marques já atuou como produtor e repórter de TV, rádio e jornal. No Rio Grande do Sul, foi diretor do Jornal Hora da Notícia e coordenador de jornalismo da Rádio Navegantes. Morou um ano em Lisboa, onde foi correspondente para o site Mídia Gols. Em 2013, idealizou o projeto Noventa por Hora, onde atua como apresentador do programa de rádio. Atualmente, trabalha como locutor de rádio.
Formada em locução profissional pela Rádio Oficina, Carol Lopes é além de locutora, apresentadora. Participa do projeto Noventa por Hora desde o início de 2014, quando passou a agregar qualidade e carisma ao projeto. É especialista em televisão e colabora com ótimas lembranças sobre a TV nos anos 90.
Graduado em Rádio e TV pela Universidade de São Caetano do Sul e formado em locução profissional pela Rádio Oficina, Rafael Pecchio é o responsável pelo bom humor no projeto do programa de rádio, já que possui um grande poder de comunicação e o dom para provocar risos. Possui grande conhecimento sobre o universo dos anos 90, sobretudo com relação ao bom e velho rock and roll.
Graduada em Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), a jornalista Ana Paula Barbosa é também locutora formada pelo Senac, possui experiência em Assessoria de Imprensa além de locução comercial e radiofônica. Apaixonada pelo jornalismo, a jovem de 23 anos deixou a profissão de bancária para se aventurar no universo da comunicação.